Considerações sobre a aplicação do Projeto de Aprendizagem na Escola
O Projeto de Aprendizagem possibilita ao professor perceber dificuldades encontradas ou apontadas pelos alunos.
O trabalho colaborativo é importante, porém trabalhar a colaboratividade é difícil. Também é importante perceber entre nossos alunos as influências da personalidade e procurar “equilibrar” as relações. Há alunos que dominam a conversa e o trabalho, há ainda aqueles que são bons pensadores, porém que não exteriorizam seu pensar se o ambiente não lhe for confiante.
Outro ponto a ser explorado através do PA é a organização das pesquisas. Sistematizar o que se quer é muito importante, principalmente quando a fonte de pesquisa é a internet. A diversidade de informações, de imagens, de apelações é grande e, para que o aluno possa seguir os passos de sua pesquisa, deve estar sensibilizado, fissurado pela busca de suas respostas. Saber o que se quer numa pesquisa é fundamental. Então desde que se iniciam as primeiras conversas para a organização do PA é importante a presença do professor, principalmente dos seus questionamentos para que fique claro quais são as dúvidas e as certezas sobre o tema a ser pesquisado pelo aluno. O jovem gosta de desafios, as dúvidas temporárias devem ser exploradas pelo professor a ponto de fazer o aluno sentir-se parte de um jogo, ferramenta interessante no processo ensino-aprendizagem.
Quando o aluno não sabe o que quer da pesquisa, seu maior desafio é a exploração da ferramenta e do ambiente de estudos.
O papel do professor em todos os tempos da história da educação é primordial, assim também como o seu saber. Com o Projeto de Aprendizagem, o professor se depara com temas que não conhece ou que não gosta. Este é o desafio para o professor: conhecer os temas e orientar a busca que permeia a pesquisa, saber orientar uma síntese, fazer uma citação, conhecer a pontuação e a ortografia, e acima de tudo aprender com o aluno sem perder seu nível de conhecimento.
Ouvi de um professora: “... quero aprender informática para não ter que me humilhar e pedir que meu filho faça.” A humildade em reconhecer um jovem e uma criança como um ser pensante e capaz de produzir, é o pontapé inicial do bom relacionamento entre professor e aluno. O aluno conhece ou aprende com facilidade a ferramenta e sabe explorar, mas a organização das idéias, a formatação da pesquisa, as formas de explorar o meio cultural – internet, livros, vídeos – ficam a cargo do professor que tem condições de orientar. Como um professor que se sente humilhado, por precisar da ajuda do aluno ou do filho, orienta um trabalho colaborativo? Sendo que este está alicerçado nas trocas de saberes e na aceitação da diversidade?
Hoje, o conhecimento não está em poder de uma só pessoa no processo ensino-aprendizagem.
A construção dos mapas conceituais, além de levar o aluno a refletir sobre o tema a ser trabalhado, dá ao professor uma visão geral do que o aluno já conhece, no primeiro momento, e do que ele acrescentou em seus conhecimentos após a pesquisa, no segundo momento. Favorece também a produção escrita, pois as idéias principais, a serem exploradas, já estão selecionadas no mapa. O passo seguinte é descrever o texto com argumentações, exemplos e citações.
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